Para assegurar que dois clientes (assinantes) possam se comunicar a todo instante, sem perdas de chamadas, é necessário uma rede em malha, ligando cada cliente a todos os demais. Esta foi a formação inicial do nosso sistema de telecomunicações.
Esta solução, para grandes redes, é inaceitável sob o ponto de vista econômico, uma vez que o número de enlaces cresce, com o quadrado de número de terminais a interligar, conforme fórmula abaixo.
E = n.(n – 1)/2
Porém, se introduzirmos um “Centro de comutação”, neste sistema, o número de enlaces, será igual ao número de terminais.
E = n
E = No. de Enlaces
n = No. de Terminais
Agner Krarup Erlang foi a primeira pessoa a estudar o problema de redes de telefonia.
Estudando a troca de ligações de um pequeno vilarejo ele criou uma fórmula, agora conhecida como a fórmula de Erlang, para calcular a fração de ligações que tentavam chamar alguém fora do vilarejo e que tinham que esperar porque todas as linhas estavam em uso.
Embora o modelo de Erlang seja simples, a matemática que está por trás das complexas redes de telefonia de hoje ainda está baseada em seu trabalho.
Falaremos das fórmulas de Erlang mais adiante. Vamos agora tentar entender, como A. K. Erlang chegou às suas famigeradas fórmulas, que foram publicadas em 1927 e que são utilizadas até os dias de hoje pelas empresas de telecomunicações.
Estados de um Órgão ou circuito
Imagine um circuito telefônico, como um canal de transporte, onde um assinante A pode se comunicar com um assinante B qualquer. No instante em que você realiza uma chamada, um canal destes é destinado a você e neste instante, somente você (e o assinante B) podem utilizar este canal, até que a chamada seja terminada e o circuito liberado, podendo assim ser utilizado por outro assinante.
Naqueles instantes em que o circuito ou órgão está livre, poderá ser tomado pôr qualquer chamada que tenha acesso a ele.
Tomada de um órgão ou circuito.
É a passagem do órgão ou circuito do estado livre para o estado de ocupado.
Tarefas dos órgãos de controle:
– Identificação do assinante “chamador”;
– Recepção dos dígitos discados (endereço de destino);
– Pesquisar por uma conexão livre entre a origem e o destino;
– Estabelecer a conexão;
– Ao término da chamada, liberar a conexão e fazer o registro.
Considerando-se em detalhes a função da central, verifica-se que ela deve comutar (chavear) as conexões entre os assinantes. É importante notar que nem todos os assinantes deverão se comunicar simultaneamente, de modo que o número de vias de conexão internas da central pode ser sensivelmente inferior ao número de assinantes.
As séries E, numeradas entre E.490 e E.799, do ITU-T constituem as principais recomendações no campo da Engenharia de Tráfego e que podem ser classificadas em 4 grandes classes:
– Caracterização da demanda de tráfego;
– Grau de serviço (GoS);
– Dimensionamento e Controle do Tráfego;
– Monitoramento e desempenho da rede.
Recomendações da ITU na Engenharia de Tráfego.
Recommendations on traffic measurements. Recommendations marked * cover both traffic and performance measurements.
ITU – International Telecommunication Union – http://www.itu.int;
ITC – International Teletraffic Congress - http://www.i-teletraffic.org.
Aguardem a próxima postagem, onde introduziremos as fórmulas de Erlang e o conceito de Dimensionamento
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